O bem-estar animal na produção de ovos

Na produção de ovos, o bem-estar das galinhas está no centro da atividade diária dos produtores portugueses. Garantir condições adequadas de saúde, alimentação e alojamento é essencial, não só para garantir a qualidade do produto final, mas também para assegurar práticas responsáveis e sustentáveis.

Os consumidores estão cada vez mais exigentes e a regulamentação mais rígida, o que tem levado os produtores a adotar determinadas práticas para garantir que a produção de ovos corresponde ao que se pretende, respeitando sempre o bem-estar animal.

Bem-estar animal: cuidados diários e prevenção
Os produtores portugueses acompanham diariamente as suas galinhas para garantir boas condições de alojamento, ventilação e higiene. A conjugação destes fatores permite às galinhas uma rotina sem alterações e momentos diários de descontração, fatores fundamentais para evitar problemas como o picacismo.

Alimentação equilibrada: a base da saúde
A alimentação é um dos pilares que assegura o bem-estar das galinhas. A sua dieta é cuidadosamente definida por nutricionistas especializados e inclui cereais, proteínas, vegetais e minerais, sendo que a composição da ração é ajustada às necessidades de cada fase da vida.
A nutrição deficiente pode ser uma das razões que leva ao picacismo, sendo, por isso, essencial manter uma dieta equilibrada.

O desafio do envelhecimento natural
Apesar de todos os cuidados, o envelhecimento é um processo natural, que faz com que as galinhas fiquem mais vulneráveis, havendo uma redução da postura de ovos e um aumento da mortalidade.
Manter as galinhas mais velhas deixa de ser viável, pois o produtor precisa de garantir ovos a um preço justo para o consumidor.

Sistemas alternativos: uma tendência crescente
Desde 2012, a União Europeia exigiu que todas as galinhas poedeiras fossem mantidas em gaiolas melhoradas, que disponham de poleiro e piso apropriado. O investimento no melhoramento das gaiolas já existentes levou alguns empresários a investir nos sistemas alternativos, isto é, de solo e ar livre.
Assim, nos últimos anos, a produção em Portugal tem dado preferência a sistemas alternativos às gaiolas e, atualmente, já menos de 45% das galinhas estão em gaiolas, refletindo uma aposta no bem-estar animal e numa resposta às expectativas dos consumidores.

Para garantir ovos de qualidade e uma produção rentável, é essencial que os produtores coloquem o bem-estar das galinhas em primeiro lugar.